A pergunta: "o que sou?", não tem uma resposta verbal. Apenas o silêncio pode captar a tua essência. Apenas do silêncio te pode vir a resposta. E essa resposta é sentida com todo o teu ser e não apenas com o intelecto. O intelecto apenas se alimenta de palavras e de sombras. Aquilo que tu és inclui, ultrapassa e transcende qualquer resposta que o intelecto possa elaborar. Procurar que seja o intelecto a produzir a resposta é como querer pegar em ti mesmo ao colo ou querer introduzir a casa através da janela. Mesmo que achasses a definição perfeita e as palavras corretas, isso não passaria ainda de uma seta que aponta para algo que ela não contem e nela não podes encontrar. Não podes sentir a frescura da água mergulhando simplesmente no mapa de um rio. Não podes sentir o calor do fogo se a lareira de que te aproximas não passa de uma pintura numa tela. Podes fazer uma ilustração representando o sol, mas se a pendurares na parede ela não iluminará a sala. Aquilo que tu és deve permanecer um mistério não classificável! Um "Nada" que é um potencial infinito de possibilidades e metamorfoses sempre imprevisível!
Do amigo Pedro Fonseca
www.jardimdepicuro.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário