quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quem Você Realmente É?

Qualquer pensamento que você tenha sobre si mesmo, seja grande ou pequeno, não é o que você é! É simplesmente um pensamento! A verdade de quem você é não pode ser pensada, porque ela é a fonte de todos os pensamentos.

O que você é, realmente, não pode ser nominado ou definido. Palavras como alma, luz, deus, verdade, ego, consciência, inteligência universal ou divindade são ao mesmo tempo capazes de evocar o êxtase da verdade, mas, totalmente inadequadas como descrição da imensidão do que você realmente é!

Independente de como você se identifica: criança, adolescente, mãe, pai, uma pessoa mais velha, uma pessoa saudável, uma pessoa doente, uma pessoa que sofre ou uma pessoa iluminada, sempre, por trás disso tudo, está a verdade sobre você. Ela não é estranha a você! Está tão próxima que você não consegue acreditar. A verdade de quem você, é intocada por qualquer conceito de quem você é! A verdade de quem você é, é livre de tudo isso! Você já é livre. E tudo o que bloqueia a compreensão e a realização desta liberdade é seu apego a alguma ideia sobre quem você é. Mas, este pensamento não impede que você seja a verdade que você é, pois você já é isto. Ele apenas o afasta da compreensão sobre quem você é.

Eu o convido a deixar que a sua atenção mergulhe naquilo que sempre esteve presente, esperando abertamente por sua própria auto realização. Quem é você, realmente?

Você é alguma imagem que aparece em sua mente? Você é alguma sensação que aparece em seu corpo? Você é alguma emoção que atravessa a sua mente e o seu corpo?  Você é algo que alguém disse que você é? Ou é uma revolta contra algo que alguém disse que você é? Estas são algumas das muitas vias erradas de identificação. Todas estas definições vêm e vão! Nascem e depois morrem! E a verdade de quem você é não vem, nem vai. Ela está presente antes do nascimento, durante toda a vida e depois da morte.

Descobrir a verdade de quem você é não é apenas possível: é seu direito de nascença! Qualquer ideia de que esta descoberta não seja para você, de que agora não é o momento, de que você não é digno ou de que você não está pronto, todas elas são apenas truques da mente! Está na hora de investigar este pensamento “eu” e perceber a sua real validade! Nesta investigação, ocorre uma abertura para a consciência inteligente que você é, finalmente reconhecer a si mesma!

A pergunta mais importante que você pode fazer a si mesmo é: quem sou eu? De certa forma, esta tem sido uma curiosidade implícita ao longo de toda a sua vida.Toda atividade, toda ação, seja ela individual ou coletiva, na sua raiz, é motivada por uma busca de auto definição. Tipicamente, você busca e espera por uma resposta positiva para esta pergunta, sempre fugindo e se esquivando de uma resposta negativa. E quando esta questão se torna explícita, o momento e o poder da pergunta direcionam a busca pela resposta, que é aberta, viva e cheia de insights cada vez mais profundos!

Você certamente já experimentou tanto o sucesso quanto o fracasso! Após um certo estágio, cedo ou tarde, você compreende que o que você é, independentemente da definição, não é satisfatório. E se esta questão não for verdadeiramente respondida, e não apenas convencionalmente respondida, você continuará com a fome deste saber. Porque, independente de como você tenha sido definido, nenhuma definição pode trazer uma certeza duradoura. E o momento em que se percebe que nenhuma resposta jamais satisfez esta dúvida, ele é crucial. Ele é muitas vezes definido como o amadurecimento espiritual.

Em seu poder e simplicidade, a pergunta “quem sou eu” lança a mente de volta à raiz da identificação pessoal, à suposição básica “eu sou alguém” e, ao invés de simplesmente aceitar esta suposição como uma verdade absoluta, você pode investigar mais profundamente.

Não é difícil constatar que esta suposição básica “eu sou alguém” cria uma dependência para muitos tipos de estratégias: ser “alguém” melhor, ser “alguém” mais protegido, “alguém com mais prazer, mais conforto, mais satisfação! Mas, quando este pensamento muito básico é questionado, a mente encontra o “eu”, que se assume como algo separado daquilo que ela vinha procurando. Isto é chamado de auto inquirição.

A pergunta mais básica: quem sou eu? É justamente a mais negligenciada. Passamos a maior parte de nossos dias dizendo a nós mesmos e aos outros que somos alguém importante, ou alguém totalmente sem importância, ou alguém grande, ou aluem insignificante. Sem nunca realmente questionar esta suposição mais básica. Quem é você, realmente?

Quando você volta a sua atenção para a pergunta “quem sou eu?”, talvez você se depare com aquela entidade que tem o seu rosto e o seu corpo, Mas, quem está ciente desta entidade? Você pode ser um objeto da sua própria consciência? Ou você é a consciência do objeto? A identificação equivocada de si mesmo como sendo algum objeto da percepção leva ao extremo prazer, mas, invariavelmente, à extrema dor! Mas, quando você está disposto a romper com as identificações, e descobre direta e completamente que é a própria percepção, a própria consciência, a busca por si mesmo através do pensamento termina! Não há absolutamente nenhuma entidade ali! Há apenas o indefinível e ilimitado reconhecimento se si mesmo, como inseparável de qualquer outra coisa. Você é livre! Você é completo! Você é infinito!

Gangaji

(tradução livre do blog)