terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Não Vos Preocupeis

Portanto eu digo: não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: elas não semeiam, nem colhem nem, armazenam em celeiros; E, contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?' Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.

Mateus, 6, 25/34

Um ensinamento típico da sabedoria Advaita, apontando o momento presente como única realidade possível, dado por um dos maiores mestres da não dualidade: Jesus Cristo.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

"Se vocês forem capazes de parar o ego (se é que posso empregar esta expressão) durante dez segundos, o Absoluto estará aí. O que subentende, evidentemente, que vocês nunca puderam parar o ego. Vocês podem transformá-lo e viver o Si. O Si que pode representar, de qualquer maneira, uma realização do ego, mas que, como disse no meu preâmbulo, não vos permitirá jamais serem o Absoluto. No Abandono do si, ele mesmo, há o basculamento, há o Absoluto que vos encontra. É preciso, portanto, passar do «eu sou», ou do Si, ao não «eu sou» e ao não Si."

Sri Nisargadatta Maharaj
A “Existência” básica é Brahman apenas. Aquele que diz que Brahman passou por alguma mudança é um estúpido. Brahman não tem pais, não pode ser diminuído e nem aumentado. Ateísmo e Teísmo não têm lugar nele, Ele é sempre como é. Apenas o que é criado tem crescimento e modificação. Se você toma banho nas águas de um rio, o rio não perde nada. A água retorna para o mesmo rio. Os estados de infância, juventude e a velhice são experimentados apenas pelo corpo. Brahman não se torna uma criança, um jovem ou um velho. A pessoa não é nem homem nem mulher, embora esteja no corpo, sua existência é diferente dos estados do corpo. Saiba que você é Paramatman. Mas lembre-se bem que é Ele que está aí e não “você”. Quando isso é confirmado o objetivo é alcançado.

Shri Maharaj Siddharameshwar

domingo, 19 de janeiro de 2014

A auto Preservação



Se observar bem, você se dará conta de que mais de 90% da sua atividade mental é dedicada à preservação da imagem que você tem
de si mesmo. Em outras palavras, entre todos os pensamentos que você tem, tirando o pensar puramente técnico - que é aquele utilizado para fazer uma operação aritmética, por exemplo - todo o restante está compulsiva e permanentemente voltado para a construção de idealizações e projeções de um "você" maior e mais feliz ou para a o planejamento de estratégias de auto defesa, ou seja, meios de evitar a dor e fugir daquilo que, conceitualmente, você classifica como mau, ruim ou indesejável.

E este modo de ser, baseado no pensar, ele é a expressão máxima do chamado egoísmo. Isto mostra que o pensar compulsivo é filho do medo que, por sua vez, é filho do ego. Agora, tente imaginar quem seria você e qual seria a sua percepção da realidade se essa necessidade de auto-preservação cessasse neste instante! Quem seria você sem o medo?

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O Sofrimento

A identificação com este “eu” está na raiz do sofrimento. Quando você escolhe o que você deveria experienciar – você sofre. Quando você escolhe de quem você deveria aprender – você sofre. Quando você está constantemente interpretando como as coisas são ou como deveriam ser, o que você merece e o que não merece – você sofre. Onde quer que haja orgulho, apegos, julgamentos ou desejos – há sofrimento. Quando despertamos da ignorância para a nossa verdadeira natureza – o sofrimento é inexistente.

Mooji

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Encontre a Si Mesmo

Todos esses seres e os papéis que eles estão desempenhando, em cada momento, estão acontecendo pela vontade Divina. Você vai para qualquer cidade, qualquer vila, qualquer lugar… é preciso alguns papéis para manter uma vila existindo – como uma padaria, um sapateiro, um alfaiate, um padre, membros da família. E quem é que provoca essas ações? São apenas papéis que aparecem.

Você nesse corpo sente uma urgência, uma atração de se mover em uma direção. Você tem o sentimento de que você tomou essa decisão, mas o anseio veio antes. Apenas quando ele veio para o campo da consciência, então algo diz “eu acho que vou fazer isso”. Antes de um pensamento ocorrer para você, você estava consciente dele? Você solicitou que certo pensamento viesse? Como um item “para levar”? 

Além disso, os pensamentos são aleatórios. Você está meditando… “Paz…” E então vem “pizza”! [risos] E depois disso, “ah, sim, eu tenho que enviar um email…” Eles são aleatórios. Mas assim que eles surgem, alguns pensamentos da mesma frequência se juntam e o processo de pensar começa. Na verdade é totalmente automático, mas por causa da identidade de que “isso sou eu”, alguns tipos de pensamentos se tornam sazonais – eles vão continuar voltando – porque eles ganham serviço de cinco estrelas. [risos]

Esses são os pensamentos favoritos – e eu não digo “favoritos” porque você gosta deles, eles podem ser favoritos porque você os odeia. Mas eles têm alguma afinidade com a maneira que você atualmente pensa sobre você mesmo. E então um tipo de construção de identidade surge. Mas isso não é algo fixo, é como um auto-retrato constantemente em mutação. Porque ele surge no campo da mudança. E de alguma forma, aquilo que nós gostamos na esfera da mudança nós gostaríamos de tornar fixo – o que é impossível.

A natureza do Ser é alegria e paz. Mas quando o ser se esquece de si mesmo, então ele busca paz e alegria fora. Tenta obter isso dos relacionamentos, das atividades, dos pensamentos. Mas esse tipo de alegria não pode durar.

Então primeiro, encontre a si mesmo. Chegue ao completo reconhecimento, à clareza irrefutável, e então você pode desfrutar dessa atividade. Então o amor estará fluindo a partir de você. E quando você vê outros seres, você não se importará nas diferenças das estórias, você vai olhar diretamente para seus seres, e saber que vocês são Um. Isso não é apenas comunicação, mas comunhão."


Mooji

Retirado de Advaita Livros