sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Filosofia Perene

É histórico que, ao longo de suas vidas, direta ou indiretamente, voluntariamente ou impulsionados por algum evento, todos os seres humanos vivenciam aquele momento em que emergem perguntas cortantes: quem sou eu? Qual o barato da vida? Qual o porquê, quais a razão e a lógica dessa existência?

É possível que em, cada pessoa, esses questionamentos ocorram em momentos diferentes da vida e até é bem possível que, em algumas, esses questionamentos nunca ocorram. São aqueles seres que aparentemente se contentam com o bom e velho automatismo do script "nascer, crescer, reproduzir e morrer"!


Para mim, desde muito cedo, desde os dez anos, se não me engano, essas perguntas irromperam de uma maneira muito evidente. Não era possível ignorá-las! E, delas, a mais insistente, a mais angustiante era: qual a lógica de tanto esforço, de tanta luta, de tanta competição para "ser alguém", para conquistar "posição" e para "ganhar" se, no fim, todo mundo morre?  


Depois de, ao longo de anos, ter passado por todas as religiões (que, invariavelmente, paravam na barreira do dogma), depois de ter conversado com o kardecismo e correlatos (que me indignavam com o seu conformismo forçado), depois de ter me debruçado sobre o esoterismo (que sempre me pareceu muito fantasioso) e depois de ter dado algum crédito para a psicologia (que não parecia ir além de meros paliativos), houve um momento de parada. E que importante foi essa parada!

O assentamento de todas as informações, obtidas ao longo dessa caminhada fez cessar um pouco o ruído ensurdecedor que, juntas, elas todas produziam! E quando cessa o ruído, vem a clareza.

Eis que, como sempre, a luz vem de onde menos se espera! Foi do livro "A filosofia Perene", de Aldous Huxley, que brotou uma nova perspectiva. Nesta obra fantástica, o que existe é uma comparação pragmática entre as místicas ocidental e oriental, à procura do seu cerne comum. E este cerne é a afirmação de que existe uma unidade imperceptível entre o Homem, Deus e o Universo! E o sofrimento humano vem da nossa incapacidade (adquirida) de perceber essa unidade! Em outras palavras, o sofrimento humano surge da dualidade, da idéia ilusória de que somos separados de Deus e do outro. De que somos um fragmento, uma mera engrenagem no complexo mecanismo chamado universo.

Uma análise - e ela nem precisa ser muito detida - do islamismo, do budismo, do zen, do taoismo, do judaísmo, do janismo, do hinduísmo e, por incrível que pareça, do próprio cristianismo, mostra de maneira irrefutável que, apesar de todas as distorções e deturpações ocorridas ao longo dos séculos, esta sabedoria da UNIDADE sempre foi a base e a sustentação de todas essas tradições e religiões.

Todo o conteúdo deste blog será relativo aos ensinamentos de pessoas de carne e osso, como qualquer um, que perceberam essa verdade e, de maneira muito generosa, deixaram ensinamentos que, para quem procura a verdade, se assemelham às pequenas migalhas de pão pelo caminho, como na história de João e Maria.

Se você também tem sede dessa verdade e da liberdade que ela proporciona, seja bem vindo! 

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